Sincronia

Uma vez estabelecido o que chamam de 'vida' em seus corpos, os seres humanos passam a seguir a dimensão retilínea do tempo por inércia das probabilidades. Acontece de vez em quando desses caminhos entrarem em sincronia uns com os outros, levando-os a se encontrarem.

Essa sincronia pode durar alguns segundos, como uma entreolhada rápida num corredor, seguida de um sorriso tímido. Pode levar alguns minutos, como uma chata situação de pessoas com uma falsa intimidade que se trombam acidentalmente numa fila qualquer. E pode acabar delas ficarem presas num ciclo de encontros sucessivos, deixando bem confusos aqueles que o percebem.

É interessante observar esses ciclos. É possível assisti-los como se fossem um seriado, uma novela, uma historinha ou como o que quer que tenha metaforizado. Basta eleger um personagem principal e começar a traçar a linha de encontros dele. Verá que acontecerão 'ondas' de aparições de uma mesma pessoa durante um período. Com a mesma velocidade com que essa pessoa surgiu ela desaparece da linha que o personagem principal está seguindo, dando espaço a outros coadjuvantes a fazerem uma pontinha no episódio seguinte.
Claro que até com a cognição humana se pode antecipar as probabilidades de um encontro, mas saindo da sincronia, as mais incríveis improbabilidades acontecerão para que um encontro não ocorra.

Bem como numa dança, cada uma das partes num encontro tem seu ritmo, e é o ritmo particular a cada ser humano que vai definir a afinidade dos encontros. Esse ritmo pode ter vários outros nomes: química, aura, espírito, personalidade, energia, etc., todos se referindo à compatibilidade do par.

É complexo lidar com essas características dos seres humanos. Por um lado, pode ser que duas pessoas tenham uma sincronia perfeita, sempre estão lado a lado, mas falta ritmo a eles, ocasionando uma sensação desagradável de perseguição. Por outro, o ritmo deles pode ser impecável, mas sem sincronia pode ser que nunca se encontrem.

Encontros

Entre o período de tempo do não-existir ao deixar-de-existir, algumas coincidências acontecem e pessoas acabam se encontrando. Cabe ao acaso, destino ou sorte decidir se duas pessoas vão acabar se encontrando, ou não, durante sua estadia carnal. Isso vale para cada pessoa que se encontra. Sejam as figuras parentais - sempre por perto para tudo -, seja o popstar que está em turnê do outro lado do mundo; dos amigos/parentes que moram longe, até o mendigo por quem se passa desapercebido todas as terças-feiras de manhã; são todas pessoas a quem pode-se encontrar apenas uma vez na vida.

Apenas Encontrar é algo comum na racionalidade humana. O Conhecer é algo ainda muito além das suas capacidades. É natural para eles simplesmente Acreditarem e pronto. A partir do momento em que se passa a acreditar em algo é quando se deixa de tentar entendê-lo, é estar satisfeito com o quanto se conhece, e isso normalmente é bem pouco.
No caso de humanos entendendo outros humanos, é difícil. A lei do menor esforço prevalece e acabam se acomodando com as outras pessoas como elas estão. Se se conhece alguém por um certo período já é o bastante para não questionar suas razões e sentimentos por trás de cada ação.
Com isso não digo que o melhor seria todos eles entrarem em conflito o tempo todo, acusando uns aos outros ou o que for. Mas sim que a fé e confiança nas pessoas não cegasse a curiosidade em conhecer os outros.

Duvide do seu humano. Questione a ele e a si mesmo quanto suas razões. Interprete seus sentimentos de mais de um ponto de vista sempre que possível. Não acredite que ele é apenas o que deixa transparecer. Há muita coisa a se descobrir se deixar fluir as dúvidas que se sente.

Semana

"Segunda...




Terça...



Quarta...



Quinta...



Sexta!

Sábadodomingo."


Alguma propaganda

"Era uma vez...

Em um reino - ou melhor, um território dividido em vários feudos - muito, muito distante, acontecia anualmente a recepção de bravos heróis que chegavam de uma longa jornada através de infernos Médios e de diversas provas solitárias de resistência e determinação. Anos de preparação no exílio para, por fim, conseguir alcançar a Holy Land.
Uma vez saudados pelas gerações passadas, estes admiráveis heróis confraternizavam entre si, buscando iguais para compartilhar suas histórias de guerra e interesses há tempos reprimidos.
Um grupo em especial se destacou dentre os outros por ter uma característica evidentemente diferente dos demais: rejeitam a realidade alheia e a substituem pela sua própria. Tal fato é visto por um outsider com estranheza.
Esses estranhos em comum criaram laços. E vêm mostrar por este meio de comunicação quão vasta é a dimensão das probabilidades quando as Realidades importam tanto quanto algo que importa muito, mas muito pouco, mesmo - é sério, de verdade - é bem pouquinho, quase nada."

Profissão

Devido à insatisfação deles em morrer - ainda pior, fazê-lo como um anônimo - seres humanos escolhem profissões para se rotularem e não serem descartados como 'outro', na coleta seletiva da grande Fábrica de reciclagem que é a Vida.

Desde pequenos são estimulados a pensar no que querem ser quando ficarem mais velhos, variando muito dependendo da visão de mundo que o círculo social permite. Isto é, não é que as crianças humanas pensem que querem seguir uma ou outra profissão por mero acaso, mas sim que desde o início são direcionadas a imaginar-se exercendo profissões com valor social elevado, segundo seus educadores. Não é verdade que eles atingirão esses objetivos infantis com sucesso, salvo algumas exceções, mas é por aí que começa.

O fim de algo só se dá quando se esgota a memória sobre ele. Após o esfriamento do corpo físico o que resta é a memória das pessoas com quem se conviveu. A profissão é uma das últimas coisas da qual se esquece quando se pensa num indivíduo. 'O médico', 'o traficante', 'o catador de latinhas' ou 'o professor', substituem mais facilmente Francisco, Adriano, Leonardo ou Gabriel - não respectivamente - do que qualquer outra conotação. Sendo assim, uma pessoa sem uma profissão sente que não tem a que ser ligada depois de sua passagem de volta à Fábrica.

Sobre as roupas

Tenho dificuldade em entender a vestimenta dos seres humanos. Ou, pelo menos, alguns porquês sobre ela.

Por exemplo, chegando mais um momento de desaproximação do Sol deles para o hemisfério em que tenho que viver para não pagar impostos, as coisas estão ficando um pouco geladas por aqui. Decidi então ir em busca de algo que me aquecesse o corpo. Sabendo que sou alérgico ao calor humano, principalmente os que vêm enlatados ou na forma de fast food, fui atrás de algumas roupas.

Para esclarecer uma curiosidade, a economia deles é bastante capenga, confusa, desonesta e peluda. Capenga porque pende para um lado mais do que para outros, evidentemente sempre pro lado minórico. Confusa pois é preciso passar uns bons anos numa faculdade só para poder ler um caderno do jornal. Desonesta porque nas vezes que acreditei nela ela me enganou. E peluda porque... Bem, coisas peludas normalmente não são de todo agradáveis de se engolir. Mas, enfim, vai funcionando do jeito que dá e tem um monte de humanos sendo suicidado só para mantê-la assim.

Continuando, para achar vestimentas fui encarar o ápice do atual modelo econômico deles: o Shopping Center. Andava por seus corredores sabendo que era observado por predadores que espreitavam de suas vitrines, prontos para abater minha carteira e se deliciar com a celulose coloridamente padronizada que tanto os agrada. A cada loja que passava perto para avaliar se os produtos serviriam aos meus interesses, mais me surpreendia com as artimanhas que desenvolviam para me convencer de que é muito melhor usar marrom-acinzentado em oposição ao cinza-amarronzado, e que a diferença estratosférica de preço é facilmente compensada pela total infelicidade das pessoas que não tiverem uma roupa de acordo com o gosto de uma Pessoa de Muito-bom-gosto (que eu nunca vou conhecer, nem mesmo para bater um papo).

Blusas e casacos eram meus alvos. Procurei em cada loja que achei que agradaria essa Pessoa de Muito-bom-gosto, mas estava muito difícil conciliar o gosto dela com o meu. O meu gosto é que uma blusa ou casaco me aqueça de verdade (assim, com terminações nervosas sendo estimuladas e tudo mais), o gosto dela é que o casaco faça com que eu pareça não me importar com o frio que estiver fazendo. Eu realmente tenho dúvidas se na Terra de Muito-bom-gosto chega a esfriar.
Enfim, o que concluí foi que as roupas que desempenham bem a função básica de uma vestimenta são as que menos agradam. As que agradam e desempenham parcialmente a função são as mais absurdamente caras. As que esquentam um pouquinho se se concentrar bastante em imagens mentais de lugares quentes, e até que não desagradam, não existem no seu tamanho. As que de fato agradam a Pessoa de Muito-bom-gosto são encontradas aos montes, pois as pessoas insistem em comprá-las e, passando frio, retornam para comprar mais, não percebendo que não adianta muito usá-las com esse propósito.



Bom, mantenha seu humano vestido, eles são muito feios quando pelados.

Cegueira

Sempre que um humano pára para pensar ele tenta abranger todas as possibilidades, todas as conseqüências dos seus atos e dos outros ou, no mínimo, mais ou menos o que se esperar deles.

Tenho plena certeza que isso é algo da qual eles se orgulham, e muito, quando acertam. E vale da mesma forma aos que acreditam nos instintos, sorte, intuição e sentidos extras - não só na razão bruta. É legal para eles sentirem o gosto da vitória sobre o destino, do controle e da pseudo-onisciência, por mais ilusório que seja.
Porém, quando erram é um momento de revelação. E afirmo que é o momento mais lindo de todos. É quando percebem por uma fração de tempo que o improvável acontece. Nesse momento os limites do possível se alargam, tornando-se milhares de vezes maiores do que eles conseguiam perceber. Suas mentes se transformam em algo entre bolinhas de gude e isopor, passando por pasta de dente e talvez um sofá, durante o processo em que compreendem sua inferioridade diante da imensidão das improbabilidades de um universo quase infinito tridimensionalmente. É lindo, bonito mesmo. Mesmo que não se diga isso olhando apenas para a face deles.


O fato é que eles enxergam três dimensões, se movem em quatro (uma delas com direção e sentido naturalmente imutáveis, o Tempo - mas ilusório quanto ao módulo) e tentam pensar em cinco, a dimensão das probabilidades. Só nessa matemática louca já se percebe como é complicado para eles tentarem antecipar as coisas. Eles não são cegos de nascença, mas criam bloqueios logo cedo para não acabarem enlouquecendo (ver infinitos mundos, com infinitos meios de sair de um útero, de diferentes perspectivas tempo-espaciais, assusta qualquer um - daí o choro incessante). Sendo assim, criam limites até certo ponto e dentro desse espaço mental constroem sua projeção de mundo. Cada vez que esses limites são quebradas se dá pelos erros cometidos ao tentar manipular mentalmente as probabilidades fora do seu mundo.

A diferença deles para com os outros animais terrestre é que eles tentam e tentam prever as conseqüências para se sentirem felizes ao final (não pelo prever em si, mas conseguir chegar às possibilidades mais favoráveis). Os demais animais simplesmente o são no presente e ponto. Ou seja, são cegos que saem tropeçando por aí em busca das chaves do carro para darem uma volta, ir ao cinema talvez, enquanto folheiam uma revista de moda ou de design de interiores, segurando velas por estar muito escuro no celeiro. E os demais animais vão andando aproveitando a brisa fresca de uma tarde de domingo no Outono, sem se preocupar se estão vestidos ou não.


Não lembro direito onde queria chegar, mas tem alguma coisa bem legal para se tirar desse texto para compreender e aproveitar da melhor forma possível o seu humano.

Timing

Para evitar desapontamentos e frustrações, e conseqüentemente fúria e processos judiciários contra minha pessoa, esclarecerei algumas questões envolvendo os seres humanos e o Tempo.

A primeira coisa já foi publicada aqui mais de uma vez e se refere à estupidez que é a insistência deles em tentar medir o tempo. Tempo é tão ilusório que só eles mesmo para calcularem suas vidas em algo assim. Falar que o pós-horário de almoço de Domingo no meio das férias deve ser medido na mesma escala (as tais horas, minutos e segundos, marcadas em relógios de pulso) que a manhã de uma Segunda-feira na hora do rush - quando faltam 15 minutos e 27 segundos para se chegar num lugar que normalmente se leva 23 minutos e 19 segundos (já contando com o limite do limite de atraso) - é ilógico.
É claro, para qualquer ser filogeneticamente mais desenvolvidos que orquídeas de plástico - se o dia para elas não passasse sempre como uma tarde de Domingo nas férias -, que estas concepções são coisas distintas. Mas é um conceito natural a eles - assim como a idéia de sempre ser puxado a 9,8m/s² para baixo - que o relógio, algo tão simetricamente sempre igual, não possa estar errado. Isto é, crêem neles mesmo sabendo que os relógios que medem o espaço temporal decorrido na movimentação dos astros tenham sido regulados pela movimentação desses mesmos astros, que ficam soltos num espaço vazio em que a todo momento sofrem influência de forças gigantescas acelerando-os em todas as direções possíveis, com pontos de referência móveis que em sua maior parte já inexistentes no Presente do Universo.

A segunda coisa se refere à Lei da Inércia da Procrastinação (ou Ausência de Motivação). Ela pode ser resumida na seguinte frase: 'Um ser humano em procrastinação tende a permanecer procrastinando até que uma motivação externa interfira na sua ação.'
O tempo como ferramenta psicológica é um excelente motivador. Se o humano acha que o tempo existe de uma certa forma, ele próprio existirá assim e produzirá nessa escala imaginária.

Uma terceira coisa é relacionada às duas acima, e é uma dica importante para o melhor desempenho de seu humano: A quantidade de tempo que um ser humano acha que tem para fazer algo é inversamente proporcional à quantidade de atividade que será realizada.
Normalmente ele simplesmente percebe em cima da hora que há coisa a serem feitas e tempo quase nulo para realizá-las. Conseguindo concluí-las todas com uma velocidade inexplicavelmente alta. (Já há estudos no campo de tecnologia de propulsão de naves para tentar aproveitar esse boost de velocidade para mover de maneira mais eficiente os veículos e afins.)

Portanto, conseguir que seu humano faça algo de imediato é uma questão de timing, dê-lhe a tarefa no momento em que ele parecer mais ocupado (mas avalie bem a ocupação dele, a procrastinação é terrivelmente camuflável). Haverá xingamentos, já aviso, mas o trabalho é eficiente.


Obs: É difícil não ser contraditório ao falar sobre o tempo usando uma linguagem baseada na inefabilidade do mesmo.

Rotina

Nas grandes cidades humanas, rotineira mas não previsivelmente, ocorre um evento curioso em que eles decidem ir nadando aos lugares ao invés de simplesmente caminhar. Deve ter algo a ver com as guelras que eles apresentam no estágio embrionário, algo adquirido por deriva genética inércia filogenética.

Enfim, para isso eles preparam durante meses os bueiros tampando-os para impedir o escoamento normal de água, para que assim tudo inunde com a primeira chuva que cair.
Ao menos foi essa conclusão a que cheguei, pois não encontrei nenhum outro motivo lógico para eles insistirem em jogar coisas no chão tendo plena consciência dos efeitos disso.

Os seres humanos agem curiosamente quanto à rotina. Quando percebem que as coisas estão na mesma há uma constante de tempo que consideram relativamente longa, decidem que querem mudar. Porém, se a quebra de rotina acontece de surpresa, entram em pânico.
Seja por uma conta que extrapole os gastos previstos, seja por uma companhia telefônica responsável pela conexão banda larga que fica fora do ar, eles se sentem impotentes de fazer algo e se frustram, ficam infelizes (ainda mais) e entram em pânico.
Mas não ficou claro o porquê do pânico que sentem ao sentir a água passando da altura do joelho quando chove. Todo o esquema de entupir o escoamento d'água parece tão bem arquitetado (sempre dá certo) que é quase impossível que seja um acidente. Mas ainda assim eles apresentam os mesmos sintomas de alguém que não esperava que uma coisa dessas fosse possível.


Enfim, quanto a cuidados com seu humano, a dica é que não o deixe largado por conta própria no seu jardim caso não esteja pensando em adquirir uma piscina natural ou coisa assim.

Relógios de pulso

Quando se observa por muito tempo os humanos não dá para não questionar seus hábitos um tanto quanto estúpidos. Alguns poucos humanos (tomo-os como gênios) conseguem perceber quão estúpidos são seus costumes e expor para a população geral de maneira que se entende sem se pensar muito. Dentre eles tem um tal de Douglas Adams e um Julio Cortázar.

Ambos concordam quanto à estupidez dos relógios, especialmente os de pulso. A começar que o tempo é uma ilusão, e tentar medi-lo é uma babaquice. A partir daí que se percebe como vai piorando: O relógio domestica os humanos! Ele se fixa no seu pulso para não largar seu servo fiel (que é cego pela ilusão de possuir e comandar).

Um relógio só é um relógio se tiver corda ou bateria. Pois bem, já viu um humano 'deixar pra lá' um relógio não funcionando? É... Eles não conseguem. Se irritam, entram em pânico, começam a procurar outro relógio para adorar, uma coisa horrível, devo dizer.
O relógio é extremamente manipulador, e ainda assim considerado um presente magnífico para se dar a um humano de quem se goste. É ele quem diz a que horas deve sair, a que horas deve chegar, a que horas deve dormir, a que horas deve levantar. E se não o obedece, desespera-se. Rapidamente coloca-o no pulso e o leva aonde ELE quer ir.
Sem contar no cuidado que se tem com ele. O medo de o perder, de tê-lo roubado, de sequer riscá-lo. Tudo para mostrar que seu relógio é mais mimado que o do pulso do outro.

Enfim, não dá para convencê-los a todos sobre essa questão (de que seus hábitos são estúpidos). Relógios os agradam e devemos respeitar isso. Se quer agradar seu humano por um motivo qualquer, dê um relógio a ele, de preferência suíço de material com nome chamativo e que vá durar muito mais que ele sonha em viver.

Bom, isso foi só uma exemplificação de como observá-los pode ser intrigantemente cômico. Para todos os apreciadores do bom humor non-sense, fica a dica.

'Para que serve um humano?'

Alguns são engraçados.

Indecisão

Sei bem como deve ser difícil comprar um humano tendo a indecisão de qual escolher... Cada um é tão único, igualzinho a todos os outros.

A imprevisibilidade aparente deles me assustava no começo, parecia não ter limites a improbabilidade de seus atos, porém, depois de um tempo se percebe que só conseguem ser inovadores até certo ponto. A imaginação que lhes dá a auto-intitulação de sapiens é limitada. Não conseguem superar uma barreira da normalidade (por mais que digam serem extravagantes).
Alguns poucos humanos com capacidades de expressão fora da curva conseguiram produzir obras tão distantes do padrão humano que foram considerados gênios. Os meios de expressão variam, mas a capacidade deles era tão fenomenal que podem ser compreendidos por grande parte da população com uma rápida análise, ou apenas pelo sentimento que conseguiram passar inerente a quase todos eles.

Se não tem certeza de qual escolher, aprenda mais sobre eles. Visite esse espaço em constantes de tempo para ver se há informações úteis para auxilia-lo na compra. Infelizmente achar um humano com capacidades tão superiores é difícil para uma empresa pequena como a nossa. Posso fazer sugestões de indivíduos que conheci por aí que de fato surpreendem e se destacam da média, mas ainda assim limitados pelas mesmas dificuldades de todos os outros.

Entregas

Para realizar as compras, deve-se dar o endereço de entrega e efetuar o pagamento a vista.

Não entregamos na Terra por motivos de segurança. (Não vendemos humanos a outros seres humanos)

Qualquer região da Via Lactea está isenta de frete.
Outras dimensões e mundos imaginários com frete reduzido.
Demais localizações, podemos negociar.

Sendo o tempo uma ilusão, o tempo de entrega é uma ilusão maior ainda.


Obs: Não entregamos em Neverland também.

"Comprei o produto mas ele veio infeliz, o que posso fazer?"

Não há muito o que fazer, simplesmente.

Os seres humanos tendem à infelicidade (em grande parte pela frustração de serem incapazes de se comunicar) quase o tempo todo. Mesmo aqueles que possuem relógio de pulso quase sempre estão infelizes (Adams, 1979).

Parte da pouca felicidade que exalam durante a vida foi observada que se dá quando acham que conseguiram entender outro ser humano e/ou que foram entendidos por este. Essa condição foi nomeada amor (nos casos mais graves) ou amizade (nos mais leves) na proto-linguagem deles. Infelizmente, para o caso mais grave, constata-se que há surtos de demência e falta de racionalidade.

Essa doença já é bem conhecida e tratável em vários pontos da galáxia, mas dadas as circuntâncias nesse mundinho evita-se trazer a cura: sem essa condição, boa parte dos humanos podem acabar virando pedra.

Entendendo seu humano

Simplesmente impossível.

Devido à total incapacidade de se comunicar e de entender os outros, os seres humanos não conseguem se expressar e tendem a se frustrar por isso.
Suas reais necessidades muito raramente podem ser compreendidas. Isso gera desconforto para qualquer um que tente se importar.

Numa outra oportunidade expando esse assunto.

Avisos

Espaço criado para negociar vendas de seres humanos.
Mas já deixo claro que não negocio com outros humanos.

Aqui, além de tratar das transações, publicar ofertas e promoções, também darei dicas de como lidar com seu humano.

Informe-se bem antes de comprar. Leia as instruções postadas aqui para melhor conservação. Não aceitamos devoluções.