Rotina

Nas grandes cidades humanas, rotineira mas não previsivelmente, ocorre um evento curioso em que eles decidem ir nadando aos lugares ao invés de simplesmente caminhar. Deve ter algo a ver com as guelras que eles apresentam no estágio embrionário, algo adquirido por deriva genética inércia filogenética.

Enfim, para isso eles preparam durante meses os bueiros tampando-os para impedir o escoamento normal de água, para que assim tudo inunde com a primeira chuva que cair.
Ao menos foi essa conclusão a que cheguei, pois não encontrei nenhum outro motivo lógico para eles insistirem em jogar coisas no chão tendo plena consciência dos efeitos disso.

Os seres humanos agem curiosamente quanto à rotina. Quando percebem que as coisas estão na mesma há uma constante de tempo que consideram relativamente longa, decidem que querem mudar. Porém, se a quebra de rotina acontece de surpresa, entram em pânico.
Seja por uma conta que extrapole os gastos previstos, seja por uma companhia telefônica responsável pela conexão banda larga que fica fora do ar, eles se sentem impotentes de fazer algo e se frustram, ficam infelizes (ainda mais) e entram em pânico.
Mas não ficou claro o porquê do pânico que sentem ao sentir a água passando da altura do joelho quando chove. Todo o esquema de entupir o escoamento d'água parece tão bem arquitetado (sempre dá certo) que é quase impossível que seja um acidente. Mas ainda assim eles apresentam os mesmos sintomas de alguém que não esperava que uma coisa dessas fosse possível.


Enfim, quanto a cuidados com seu humano, a dica é que não o deixe largado por conta própria no seu jardim caso não esteja pensando em adquirir uma piscina natural ou coisa assim.

5 comentários:

Anônimo disse...

Os seres humanos agem curiosamente quanto à rotina. Quando percebem que as coisas estão na mesma há uma constante de tempo que consideram relativamente longa, decidem que querem mudar. Porém, se a quebra de rotina acontece de surpresa, entram em pânico.
Soy Yo. Rá.

Humanos tem uma relação peculiar com a água. Desde infantes, recusam-se a entrar embaixo dela para se limparem, mas tente tira-los depois de que finalmente se molhem. Acho que seu comportamento em relação a essa, então, não pode ser analisado de maneira definitiva.

kk disse...

só pra ser chato... as guelras embrionárias tão lá por inércia filogenética, não deriva genética... Deriva genética é seleção não-natural, enquanto inércia filogenética é uma característica presente nos antepassados da espécie ;D

ArTH disse...

Eu só tenho a dizer que as guelras estão lá por motivos muito diferentes do que seres que usam relógios de pulso podem ao menos especular.

lexis disse...

vaiiiiiiiii tutuuuuuuuuu

Alguém Indefinido disse...

E sobre os relogios-de-guelras?